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Glaucoma, o que é?
Na semana em que se celebra a semana mundial do Glaucoma, explicamos em que consiste esta patologia.
O glaucoma é uma patologia grave que afeta o nervo ótico (Fig. 1 e 2).
Pode ocorrer devido ao aumento da pressão intraocular (valores normais: 10 mmHg e 22 mmHg) e/ou pela fragilidade do nervo ótico.
Os sintomas mais frequentes no glaucoma são o aparecimento de manchas escuras no campo visual periférico, fotofobia, dor de cabeça e olhos vermelhos.
O diagnóstico precoce é fundamental uma vez que os sintomas no início desta patologia são quase inexistentes (assintomático). Este diagnóstico é baseado em exames como a Retinografia, Campimetria e Tomografia de Coerência Ótica (OCT).
Existem quatro tipos de Glaucoma:
Glaucoma de ângulo aberto: assintomático com aumento progressivo da pressão intraocular.
Glaucoma neovascular: a pressão intraocular é elevada, sendo a diabetes uma das principais causas.
Glaucoma congénito: patologia desenvolvida na fase embrionária (ocorre quando há o aumento da pressão intraocular na gestação ou durante os primeiros seis meses de vida).
Glaucoma agudo ou de ângulo fechado: a pressão intraocular aumenta de forma abrupta.
A maioria dos glaucomas é tratado com um colírio que tem como objetivo estabilizar a pressão intraocular. Quando os valores da mesma se mantêm altos com a medicação recorre-se à cirurgia.
O que é a campimetria?
É um exame indolor realizado com um campímetro (Fig.3) em que o paciente é sujeito a estímulos luminosos de diferentes níveis de intensidade.
É um exame prescrito para pacientes com várias patologias, nomeadamente na deteção do glaucoma.
O objetivo é testar a sensibilidade das fibras óticas que são responsáveis por levar o estímulo luminoso (a luz que entra no nosso olho) através do nervo ótico até ao nosso cérebro. Aqui a luz irá ser transformada em impulsos nervosos que formará a imagem que nós vemos (Fig.4).
Quando o olho está sujeito a uma pressão ocular acima dos valores normais, as fibras ficam muito esticadas. Se esta alteração se prolongar por muito tempo, estas acabarão por ficar danificadas e deixam de transportar os impulsos luminosos. A mensagem é interrompida e não chega ao cérebro. Os danos que ocorrem nas fibras óticas são progressivos e tornam-se irreversíveis se não detetados e tratados precocemente.
Os campos visuais são assim uma ferramenta importante quer no diagnóstico, quer no seguimento e progressão da patologia.
2019.03.15